A estiagem rodeia-me, de repente,
convertendo-me num vulto deslizante,
de frémitos e sudações padecente
que não param, não suavizam nem um pouco,
e me tornam agitada, impaciente.
E quando, sem mesmo pensar, me toco,
tentando atenuar o desconforto,
eis que engulo, surpreendida, sensações
que acordam de mansinho no meu corpo.
E instala-se, do teu corpo, a saudade,
do teu toque, do teu beijo, do teu ser,
das noites loucas que no calor passámos,
em que os dois, éramos um, até um de nós ceder.
Donagata em 2009-05-30
15 comentários:
Vim dar uma espreitadela!
Beijinhos Donagata!
Obrigada Fuego. Um beijo também para si.
Que poema tão bonito...
Não digo mais nada, porque não se mete a colher entre marido e mulher :) (Aliás, faça de conta que aqui não estou.)
Beijinhos
... Um bailado que transpira a sensualidade... Insinuasse a figuração de chuva e até se sentiria o odor ao pó húmido, levantado...
Muito intenso e íntimo...
Honra-nos com tamanha partilha :)
Um beijo
Andarilhus
Obrigada a ambos. São apenas devaneios. Se eu soubesse escrever como vós!!!!
Beijos.
Dona Gata,
Que poema tão bonito e intimista...
Gostei imenso.
Bj
Obrigada pelas suas simpáticas palavras.
Eh lá! Sua atrevidona!
Este poema está caliente!! Nem a minha água para refrescar tanto calor!
São estas variações de temperatura. Afrontamentos. Não ligue!
Sublime donagata! Sublime...
Obrigada Tia-Cunhada. E foi um prazer vê-la por aqui!
Já que por outros lados...é o que se vê. Ou melhor, não vê!
Boa donagata! Boa! Arranhe que ela merece! Tia, afinal ela sempre arranha!!
Tao simplesmente lindo !
Adorei , beijo .
Arranha tão bem quanto escreve!
Até breve... dentro d'água...
Sou gata, não sou?! Apesar da água...
Enviar um comentário