Dado que não se encontrava cá hoje a maior parte da minha família, ficou decidido que o "Dia da Mãe" (já disse que não sou grande apreciadora dos dias de...) ficaria adiado.
Contudo, para minha surpresa, a minha filha presenteou-me com uns objectos pessoais que muito aprecio mas essencialmente com este texto que, embora Meu, vou aqui reproduzir impante de orgulho.
Contudo, para minha surpresa, a minha filha presenteou-me com uns objectos pessoais que muito aprecio mas essencialmente com este texto que, embora Meu, vou aqui reproduzir impante de orgulho.
Dentro deste postal (que não podia ser mais adequado) rezava o seguinte:
03-05-2009
Definição de "minha mãe"
Definição de "minha mãe"
Aquela que dá à luz?
Chama-se electricidade. Não sei muito bem qual é o processo técnico mas, graças a um senhor, Edison, quando se liga um interruptor, a luz acontece.
Aquela que nos dá de comer?
O nome "científico" julgo que é cozinheira. Geralmente até usa um tipo de barrete muito característico, que torna esta classe de pessoas reconhecível a uns bons metros de distância mesmo antes de sentirmos o cheiro da comida.
Aquela que cura todos os dói-dóis?
É a médica. Também possui adereços próprios: batas, estetoscópios, esfigmomanómetros, entre outros que a identificam. Também se distingue pela caligrafia totalmente ilegível e incompreensível o que faz com que tudo o que escreve pareça muito mais inteligente do que realmente é. São tão inteligentes que nem tempo tiveram para aprender a escrever como gente. É natural. Afinal andam aí por esse mundo a curar dói-dóis.
Aquela que nos ensina?
São as professoras/es. pelo menos no meu tempo eram. Uns melhores, outros piores...Mas agora com a nova reforma e as complicações com os professores, nunca se sabe...
Aquela que conjuga todos os saberes do mundo, que responde a todos os porquês, que era capaz, se pudesse, de nos curar de todos os dói-dóis e cicatrizes, de toda a tristeza só para não nos ver chorar e engolir tudo para ela...
Não é nem um terço do que é a minha mãe. Há palavras que nunca se esgotam naquilo que são e podem ser: "a minha mãe", enorme demais para qualquer definição.
Chama-se electricidade. Não sei muito bem qual é o processo técnico mas, graças a um senhor, Edison, quando se liga um interruptor, a luz acontece.
Aquela que nos dá de comer?
O nome "científico" julgo que é cozinheira. Geralmente até usa um tipo de barrete muito característico, que torna esta classe de pessoas reconhecível a uns bons metros de distância mesmo antes de sentirmos o cheiro da comida.
Aquela que cura todos os dói-dóis?
É a médica. Também possui adereços próprios: batas, estetoscópios, esfigmomanómetros, entre outros que a identificam. Também se distingue pela caligrafia totalmente ilegível e incompreensível o que faz com que tudo o que escreve pareça muito mais inteligente do que realmente é. São tão inteligentes que nem tempo tiveram para aprender a escrever como gente. É natural. Afinal andam aí por esse mundo a curar dói-dóis.
Aquela que nos ensina?
São as professoras/es. pelo menos no meu tempo eram. Uns melhores, outros piores...Mas agora com a nova reforma e as complicações com os professores, nunca se sabe...
Aquela que conjuga todos os saberes do mundo, que responde a todos os porquês, que era capaz, se pudesse, de nos curar de todos os dói-dóis e cicatrizes, de toda a tristeza só para não nos ver chorar e engolir tudo para ela...
Não é nem um terço do que é a minha mãe. Há palavras que nunca se esgotam naquilo que são e podem ser: "a minha mãe", enorme demais para qualquer definição.
Beijinhos Ana.
8 comentários:
Simplesmente FANTASTICO !!!
Beijo , Anibal Borges .
muito bonito, de parte a parte...
beijos de ternura à mãe e à filha
Obrigada a ambos.
Coisa deliciosa...
Sei como leste o texto, porque sei como eu própria leria uma prosa semelhante...
Somos umas corujinhas ;)
Mas temos razões, querida Donagata.
Beijinhos :)
Nem sei como ainda não rebentaste. Totalmente merecido, diga-se de passagem...
Cristina, está claro que somos umas corujinhas. Mas a verdade é que temos todas boas razões para isso.
E é verdade, Sofia, ainda não rebentei. mas olha que já faltou mais...Aliás, como vês, até a menina diz que sou enorme...
Olha, não lhe leves a mal ela dizer que os médicos não sabem escrever. Mas, a verdade, é que os que eu conheço não sabem mesmo. Eu acho que é estratégia. Assim, como ninguém entende o que está escrito no diagnóstico do doente, dá sempre para ajustar...
Beijos muito saudosos já.
Só podia ter sido quem foi, a escrever este postal... :) Merecido, diga-se.
Beijinhos
Obrigada nuvem. Sempre querida.
Beijos.
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