Por fim estou aqui.
Piso freneticamente a areia escaldante
apenas para te encontrar.
Entrego-te primeiro os pés
que envolves numa carícia fugaz mas atrevida.
Recuas. Eu tento acompanhar-te, prender-te.
Corro atrás de ti deixando profundos sulcos na areia,
que me segura, que me atrasa, despeitada,
ciumenta, ciosa de ti.
E tu regressas, voluptuoso.
Agora sou eu que recuo, saltito, mudo de ideia.
Mas é com um sorriso alegre que corro de novo para aí.
Cinges-me. Agora toda, num abraço frio,
salgado, urgente, vital.
E eu abandono-me, qual sereia, em bailado nupcial.
3 comentários:
O reencontro é um turbilhão, um corropio de sensações. As emoções atropelam-se numa re-união tão esperada.
Parabéns pelo belo poema.
Um beijo grande.
Lindo! Que o leve abandonar seja retemperador...
Gostei muito.
LS.
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