Seja como for, como é bonita, merece ser mostrada!
Li-a ontem. A revista, claro.
E, devo confessar, que aquilo que li ultrapassou bastante as minhas expectativas mesmo depois de ter ouvido a intervenção dos autores aquando da apresentação. Uns, naturalmente, deixaram-me mais curiosa do que outros. A verdade, porém, é que todos me surpreenderam.
Havia já bastante tempo que, por norma, não era consumidora de literatura de ficção científica e, mesmo da literatura fantástica, tão na moda actualmente, só tenho lido autores “clássicos” em relação aos quais sei (ou julgo saber) com o que posso contar. As incursões por autores mais actuais ( e refiro-me sempre a literatura traduzida), revelaram-se uma grande seca. Perdoem-me a vulgaridade do vocábulo mas é, sem dúvida, o que melhor ilustra o valor do que li; fraquinho, fraquinho, fraquinho….
Julguei eu que tal afastamento se devia um pouco à idade que, à medida que aumenta, vai-nos alterando os gostos e as disposições para.
Mas afinal, se calhar, não! Não é uma questão de idade. É, sim, uma questão de qualidade!
Pois, para espanto meu, fiquei presa aos contos, pequenos é certo, que a revista traz. E até para ser inteiramente franca, o que menos apreciei (talvez porque não tenha sabido fazê-lo e precise de o reler) foi o de Nir Yaniv, escritor/editor/músico israelita que aparece com provas dadas.
Por isso, a partir de agora vou andar muito mais atenta em relação ao que se produz neste campo no nosso país pois o pouco que li foi francamente encorajador.
Já agora, apenas um reparo.
Fiquei deveras zangada não sei bem com quem (mas para já leva o editor que o fez e o autor que o permitiu) com o facto de o conto “Um dia com Júlia na necrosfera” estar truncado. Apenas se encontra transcrita uma parte. E agora, Sr. João Barreiros, o que é suposto fazer, com este nervosismo e esta ansiedade pela continuação, até à próxima revista? Ah? Não me dizem?
Até a minha mais recente aquisição felina, o Black, do qual não tinha nenhuma indicação que fosse apreciador deste ou de qualquer outro género literário (ao contrário dos gatos que vivem comigo que são bons apreciadores de poesia, sobretudo se declamada), ficou em tal estado de excitação que se agarrou à revista e há que mastigá-la em atitude de protesto.
Compreendo a sua atitude! Até a mim me apeteceu fazer algo no género.
Mesmo assim levou uma valente corrida pois livro, aqui em casa (com a excepção do da Carolina e de alguns outros parecidos), é coisa quase sagrada. E por muito arreliados que estejamos não podemos nunca, mas nunca mesmo, tentar sublimar as nossas frustrações mastigando livros ou revistas sobretudo QUANDO AUTOGRAFADOS PELOS RESPECTIVOS AUTORES!!!!
Entendido Black????