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terça-feira, 2 de junho de 2009

Noite quente


A estiagem rodeia-me, de repente,

convertendo-me num vulto deslizante,

de frémitos e sudações padecente

que não param, não suavizam nem um pouco,

e me tornam agitada, impaciente.

E quando, sem mesmo pensar, me toco,

tentando atenuar o desconforto,

eis que engulo, surpreendida, sensações

que acordam de mansinho no meu corpo.

E instala-se, do teu corpo, a saudade,

do teu toque, do teu beijo, do teu ser,

das noites loucas que no calor passámos,

em que os dois, éramos um, até um de nós ceder.


Donagata em 2009-05-30

15 comentários:

  1. Vim dar uma espreitadela!
    Beijinhos Donagata!

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  2. Obrigada Fuego. Um beijo também para si.

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  3. Que poema tão bonito...

    Não digo mais nada, porque não se mete a colher entre marido e mulher :) (Aliás, faça de conta que aqui não estou.)

    Beijinhos

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  4. ... Um bailado que transpira a sensualidade... Insinuasse a figuração de chuva e até se sentiria o odor ao pó húmido, levantado...
    Muito intenso e íntimo...
    Honra-nos com tamanha partilha :)

    Um beijo
    Andarilhus

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  5. Obrigada a ambos. São apenas devaneios. Se eu soubesse escrever como vós!!!!

    Beijos.

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  6. Dona Gata,

    Que poema tão bonito e intimista...

    Gostei imenso.

    Bj

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  7. Obrigada pelas suas simpáticas palavras.

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  8. Eh lá! Sua atrevidona!
    Este poema está caliente!! Nem a minha água para refrescar tanto calor!

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  9. São estas variações de temperatura. Afrontamentos. Não ligue!

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  10. Obrigada Tia-Cunhada. E foi um prazer vê-la por aqui!
    Já que por outros lados...é o que se vê. Ou melhor, não vê!

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  11. Boa donagata! Boa! Arranhe que ela merece! Tia, afinal ela sempre arranha!!

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  12. Tao simplesmente lindo !

    Adorei , beijo .

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  13. Arranha tão bem quanto escreve!

    Até breve... dentro d'água...

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  14. Sou gata, não sou?! Apesar da água...

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