
Hoje não vou à minha aula de tango. Tenho outros compromissos também interessantes.
Porém, para me redimir, escrevi sobre dança o que, para mim, é quase tão bom como dançar...
Dançar é expressar com o corpo,
palavras que a alma abriga e quer soltar.
É escrever com os pés, com as mãos,
com todos os movimentos, é desenhar.
Dançar é voar bem alto, é subir,
além do sonho, da ilusão da fantasia
É arrebatar a música que se faz ouvir.
É esquecer o real e viver a utopia.
E é oscilar, saltar, deslizar, rodopiar,
é ser lascivo, mesmo sem o pretender,
é perder-se num contínuo dialogar,
é o balançar entre o cansaço e o prazer.
Dançar é um deixar-se possuir,
É esquecer o pudor e a decência,
é ser forte, ter o arrojo de sorrir,
é matar com a alegria a dolência.
E que aula difícil foi hoje... Muito corpo, muitos sentidos, uma baralhação sensorial!
ResponderEliminarSentimos a vossa falta!
Eu também me senti num aperto razoável. Dizer poesia alemã não é fácil...
ResponderEliminarQue dança, que música!!! Tenho postado alguns tangos de Gardel. É algo extremamente viril e apaixonante. A história do tango é linda, já deves ter lido. Mas não sabia desta tua qualidade de tangueira!
ResponderEliminarE que belo poema...
Beijos, amiga!
Tais
Obrigada. Tangueira, tento ser. Apreciadora de um tango bem puxado sou mesmo.
ResponderEliminarBeijos.