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domingo, 6 de maio de 2012

Sou Mãe



Sei o que é amar até doer.
Sei o que é sentir nas próprias vísceras a dor que não sabemos retirar a quem das nossas vísceras irrompeu.
Sei o que é sentir apenas um ligeiro sopro de perfume na alma quando a distância se interpõe.
Sei como é querer guardá-lo avaramente apesar de ele teimar em se escoar pelas lágrimas da chuva.
E sim, sei o que é amar até doer…
Sei como é não caber na própria pele quando olho um filho e, apenas por pudor, não gritar bem alto o meu orgulho.
Sei o que é não entender o enigma de gerar algo que me transcende inteiramente, infinitamente melhor, infinitamente maior, infinitamente…
Sim, sei o que é amar até doer.
Sou Mãe!


Fotografia: a minha mãe com 19 anos.

4 comentários:

  1. "...)Não me esqueci de nada, mãe.
    Guardo a tua voz dentro de mim (...)
    Eugénio de Andrade

    ...e a saudade feita de esperança em dias melhores.

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  2. Gostei de todos os vossos comentários. E, já agora, ninguém tem de me agradecer por me sentir mãe. É um privilégio.

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