Páginas

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Já não tu, Zorba


Ainda no limiar do sono,

naquela ténue linha que nos separa da espertina,

estendo a mão para ti, Zorba…

Quero acordar com o conforto do teu toque,

desse olhar verde e meigo que me lanças daí,

desse cantinho onde te arrumas para estares junto a mim.

Vou acordando e, de facto,

encontro a macieza tépida de um pêlo.

Sou subjugada pelo verde de um olhar.

Sou cativada pelo carinho de uma turrinha…

Olho, já desperta, e estou rodeada de felpudinhos

que aguardam também a minha atenção, o meu carinho.

Mas já não tu, Zorba.

Mas já não aquela cumplicidade, aquele entendimento,

aquela intuição especial, tão nossa Zorba…

E, então, não sei se quero acordar.

4 comentários:

  1. Deixam saudades mesmo... :(
    Sabes, desde que estou imobilizada, e já estou na 4ª semana, durmo sozinha num quarto diferente e a Amélie dorme comigo. è tão fofinha. Tã bom sentir o corpinho dela quentinho no edredon...

    O Zorba era lindo e muito meigo.
    Percebo bem a tua saudade.

    Beijinhos, priminha :)

    ResponderEliminar
  2. Como sabes tenho muitos. E gosto muito de todos. É com extrema dificuldade que me imagino privada de qualquer um deles, cada um pelo seu motivo diferente e, no fundo, todos pelo mesmo; pela sua incrível capacidade de entrega sem se humilharem.
    Contudo, confesso que o Zorba era, de facto, um gato diferente na relação que estabeleceu comigo e na sua pose fleumática.
    Deixou um buraquinho que está a custar tapar...

    Um beijo grande e as melhoras.

    ResponderEliminar